Sunday, February 28, 2010

Erbil

A citadela de Erbil, a cidade mais antiga do mundo

Top models e afins

Há coisas que por muito que eu tente não encontro explicação. Estilo por que raio não nasci com os olhos verdes da minha mãe? E as mamas das minhas primas? Mas uma das coisas que mais me intriga é conhecer raparigas lindas (não estou a falar das giras ou mais ou menos mas daquelas que são lindas mesmo) antipáticas. Tipo, ok só por serem lindas não têm que estar sempre de bom humor e mostrar os dentes por tudo e por nada. Mas daí até fazerem aquelas caras de vaquinhas enjoadas vai uma diferença. Se eu fosse linda linda e visse assim uma rapariga média, juro que seria super simpática com ela. Ok, eu até sou simpática com toda a gente (a não ser que me f… muito o juízo), mas se fosse linda linda sentia-me na obrigação de sorrir e ser querida a duplicar com as mais feias e medianas. Acho que é uma obrigação das lindas. É o mesmo que se formos multimilionários e não dermos dinheiro nenhum a instituições de caridade e ONGs e coisas desse género. Fica mal, é feio pronto. E serem antipáticas connosco comuns dos mortais? Serve-lhes de quê? Não percebo, se as outras raparigas não representam qualquer ameaça, se são simpáticas e queridas (como eu) e lhes sorriem um sorriso de admiração (estilo “ai quem me dera ser como tu” ou “és tão linda”) de que lhes serve fazer uma cara de cu? (mesmo que nelas uma cara de cu ou outra qualquer lhes fique sempre a matar).

Há quem diga que se sentem observadas e que por serem lindas são maltratadas pelas outras raparigas mais feias que têm ciúmes delas. Isso até pode ser verdade nalguns casos. Mas e quando somos simpáticas com elas e nos encontramos num ambiente onde poderíamos eventualmente trocar meia dúzia de palavras amigáveis tal qual o resto das pessoas que acabaram de se conhecer numa festa entre grupos de amigos? Porque têm que passar ao nosso lado com aquele ar altivo e distante como quem “sou melhor que todas, nunca serão como eu, vocês não me chegam aos calcanhares”? Ultrapassa-me este fenómeno.

Posto isto conheço raparigas lindas que são uns xuxuzinhos de amor.

Wednesday, February 17, 2010

Iraq: not running or scrambled

(aviso nao tenho acentos neste computador). Erbil e INSOLITO. Ha Mango, Adidas, Levis e vai abrir uma pizza hut. Tenho mais coisas aqui que a minha irma alguma vez conseguira encontrar na terceira maior cidade de Gujrat na India. A minha casa fica num bairro tipico, tipico americano (mas chama-se english village: dahhh), as casinhas todas umas ao lado das outras, com jardins bem aparados, jeeps xpto nas entradas, e tudo o mais a que uma desperate housewife americana tem direito. La por dentro as condicoes sao a priori boas, mas....
a electrecidade cai cada hora, hora e meia. A net cai cada 20 a 20 minutos,quando nao fica inconsciente durante 3 horas ou mais. Fiquei com o cabelo todo ensaboado agarrada ao chuveiro durante 20 minutos esta manha ate a agua voltar a escorrer (coisinha boa).
Fora de Erbil a caminho de Sulaimanyah avistam-se paisagens lindas e a fronteira com o Irao. Sente-se quase o mesmo quando subimos de Kabul ate Mazar no Norte do Afeganistao, mas e aquela sensacao do parece mas nao e.
Ate agora nao vi pobreza nenhuma por estes lados do mundo, fico contente. As criancas estao bem nutridas, as mulheres devo dizer estao ate bem nutridas demais (balofas va). Se isto continuar assim vao ser umas belas ferias de 1 ano. Nahhh, trabalhamos como umas bestas quadradas, sem exagero 12 horas por dia. Chegamos a casa e como vivemos todos juntos falamos de trabalho de manha, a tarde e a noite. Respiramos trabalho, comemos trabalho e ... nao isso nao.
O meu chefe (que e homem, gracas a deus que nao me calhou mais uma vez uma mulherzinha na casa dos 40 ou 50 frustradinha da vida) e um querido. Os kurdos, sao educados mas tal como a maior parte dos arabes (mesmo que se eu chamar arabe a um kurdo me abilite a levar uma estalada ou coisa pior) os homens tem assim aquele olhar de nojinho estampado na cara. Mas os homens aqui no meu escritorio (kurdos) sao muito simpaticos e respeitadores, tenho sorte :)
As mulheres andam na rua a vontade umas com veu outras sem (nada que se compare ao Afeganistao e aquelas burkas horrorosas). Pronto, e agora vou andado que o trabalho aguarda por mim impacientemente. Ainda nao tenho fotos e ainda nao desfiz a mala, mas quando a vida comecar a ser normal postarei fotos.

Tuesday, February 16, 2010

Why did so many people died in Haiti

http//news.bbc.co.uk/2/hi/americas/8510900.stm

This explains, in part, why we need to work hard on governance!

Saturday, February 6, 2010

Amman é assim daquelas cidades que não sabemos se havemos de gostar ou não. Ora estamos num bairro com oliveiras e casinhas estilo Middle East, ora estamos rodeados de edificios de 50 andares. Ora passa uma mulher de véu, ora outra de cabelos ao vento e maquilhagem carregada acompanhada de jeans bens apertados. Os carros são modernos e recentes, à excepção dos taxis que são um pouco mais velhotes (mas já os vi piores em Lisboa). Os taxis andam rápido, muito rápido, mas se há estradas que aguentam a boa velocidade há outras que basta um deslize para nos espalharmos redondos.
Os centros comerciais são grandes e o cenário é mais ou menos este: rés do chão lojas com roupas e sapatos estilo feira ou loja dos 300, mais barato e rasca é mesmo impossivel. Depois há umas escadas rolantes e damos de caras com a Mango, Zara, Divani Divani, Apple - parece que mudamos de dimensão ou de planeta. Subimos ao andar da comida e lá está o "tradicional" Mcdonalds, Pizza Hut, mas uns quantos restaurantes com comida local, turca, indiana, chinesa e até mesmo sushi (para os connaisseurs). A diferença dos os outros centros comerciais de Portugal é que há, sem exagero, uns 300 homens todos a fumar amontoados em mesas: wicked!
Bebi mais alcool desde que cheguei cá do que durante os 4 meses que estive em Portugal. Aqui a cultura dos meus colegas é trabalhar até à exaustão sair do trabalho e ir directo para o Sheraton aproveitar a Happy Hour: get 1 and the second is free. Sessões de Karaoke, restaurantes a 60 euros por refeição (fiquei com os olhos em órbita), sushi e saké. Era de esperar que o meu corpo não aguenta-se este ritmo e ontem là tive a minha sessão de ir ao grego (já là ia algum tempo). Mas esta manhã (aqui os fins de semana são sexta e sábado mas trabalha-se ao domingo) là tive que ir trabalhar com o meu boss acompanhada de um brunch com uma bela vista sobre a cidade. O brunch café estava repleto de expatriados, naquele género de ambiente boémio, intelectual, todos com os seus laptops de fora acompanhados de um café, panquecas e scrambled eggs. By the way, o meu boss é um amor, està provado: chefes e eu tudo na boa, desde que não sejam chefes mulheres porque ai não há cú que aguente!!
Aqui faz frio, como em Portugal (até nevou um bocado ontem) a diferença é que as casa têm aquecimento central!!! Para um país ainda em vias de desenvolvimento, parecem-me mais avançados da mona no que respeita a aquecer as casa no inverno e não andar com 70 camisolas de lã colados a um aquecedor a óleo e com um saquinho de àgua quente para levar para a cama e aquecer os pés.
Estou ansiosa por chegar a Erbil.
By the way tenho vários colegas e uma grande amiga minha em Port au Prince, espero em breve colocar aqui uma fotos do trabalho que se faz por lá no terreno e talvez uma entrevista para quem está interessado em saber mais sobre a coordenação humanitária no terreno.

Thursday, February 4, 2010

Esta a nevar em Amman!
Vi um poster do Cristiano Ronaldo na praceta principal. Dizem que ha um igual em Erbil!