A popota este ano foi muito generosa comigo

é quase certinho, certinho que vou parar ao Iraque. Que boa prendinha de Natal. Era mesmo o que eu tinha pedido: enfiar-me no cu de judas a ajudar pobrezinhos.

Tem muito que se lhe diga isto de escrever um blog...

...eu até comparava isto mais ou menos a um namoro. No inicio, pensamos que não hà coisa melhor, temos assuntos para falar, queremos estar o tempo todo juntinhos, se for preciso falamos e falamos até às tantas da manhã. Estamos genuinamente interessados no outro, aliàs vivemos para o outro, o que ele pensa o que ele sente, etc e tal. Depois com o tempo as coisas vão ficando mais mornas e pronto passa-se a um nivel mais maduro (cofcof), para não dizer um pouquito mais chato. Mas dizem os experts que faz parte da vida e que se não aprendermos a conviver com a rotina e não soubermos inovar e apimentar nunca vamos conseguir levar um blog até ao fim, estando sempre a mudar de blog como quem muda de meias.

O meu amigo Luis bem me tinha avisado que era dificil manter um blog. Falta-me a pica e jà não tenho tanto assunto de conversa que valha a pena vir para aqui mandar bacoradas (humm, na verdade mandar bacoradas foi sempre o verdadeiro proposito deste blog).

Mas pronto, mesmo assim eu gosto deste cantinho e gosto de ler outros blogs, mesmo que agora veja que eu ERA DOENTE quando estava no Cambodja e verificava o site da pipoca, do terra fertil, do inutil resistir cada 5 minutos. Aliàs era impossivel eu não fazer refresh do meu pc cada 2 minutos para ver se tinha comments (comments estes que apareciam màximo 2 vezes por semana). Mas jà me curei, agora estou normal até me enviarem novamente para um destino onde eu não tenha vidinha propria. Essa prendinha so mesmo depois do Natal.

PS: Sim, gosto de dar erros de português, e ainda para mais escrevo de um pc francês sem acentos como os nossos! A vida é dura.

Enfiar medicamentos pelas goelas sem mais nem menos está para os parvos como a Corrupção para Portugal

Os consumidores nº1 do mundo em medicamentos (Mr. States) têm medo da vacina para a H1N1. Mas nós cá estamos todos contentes por levar uma pica que só Deus sabe os efeitos que terá no nosso corpo. Ok, pode-se morrer. Mas para além desse factor supérfluo não será demais medicarmos-nos por tudo e por nada?

Ohh Alegre já devias saber que....

...a Corrupção está para Portugal como o Bacalhau está para a Batata cozida.

Caim tudo

Estou aqui em pulgas, apetece-me bater em pessoas, mais explicitamente apetece-me enfiar uma malagueta bem vermelhinha pelo cù acima desse tal de euro deputado da tanga. Hoje tenho mesmo, mas mesmo mesmo vergonha de saber que ha gente que votou naquela coisa que nem gente é!!!

Pronto, mandar o Saramago às urtigas não é nenhum pecado, o homenzinho obeso que se tem andado a regalar a comer batatas fritas em Bruxelas tem todo o direito de criticar um outro tal que come tortilha e boccadilos ao pequeno almoço. E que lhe mande uma boquinha a dizer que quem come tortilha ao pequeno almoço é mais Castelhano que tuguinha até se podia tolerar. Acho que devia era ter dito o mesmo ao Fristiano Fronaldo e outros dessa liga de comedores de presunto barato.

Mas dizer barbaridades como: "O Saramago critica a Igreja catolica e o judaismo mas nunca o ouvi criticar o Corão" é demais não? Queira Deus (em quem o deputadozinho põe tanta fé) que um personagem maléfico do Corão não se lembre de lhe colocar uma bombinha à frente de casa, pode ser que assim se incite o Saramago a escrever sobre o dito cujo e os seus efeitos na vida dos euro-deputados metidos a besta. Mario David você é um gordo (obeso và) que devia ter vergonha no focinho.

Cold War

Conseguir subir as escadas do metro à hora de ponta é digno de entrar para o Guiness ou pelo menos digno de uma qualificação para os jogos Olímpicos. As escadarias do metro da Baixa-Chiado podem levar cerca de 2 minutos a subir. E 2 minutos sem respirar é obra para os meus pulmõezinhos de anoréctica. Claro que há aqueles que sobem as escadarias e continuam a respirar mas eu, como boa representante do sexo feminino, não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo. Isso e porque sei, tenho a certeza, certezinha que aqueles cús todos apontados à minha cara soltam gazes venenosos bem capazes de contribuir um dia para um Portugal Nuclear.

Por falar em Portugal Nuclear, se Portugal tivesse a bomba será que:

O Santana Lopes ia ser o "cabecilha" dos nossos serviços secretos?

O Sócrates eleito o gay mais sexy detentor de bomba nuclear da People's magazine?

A Diana Chaves a nossa espia sexy responsável por roubar os segredos do sucesso da Zara e da Mango à Espanha?

Ringa, Ringa, Ringa !!!!

Já não passo os meus dias sentada em frente ao computador a escrever para o blog ao som de miúdos a jogar à bola, a vislumbrar campos de arroz verdinho pela janela, acompanhada pelo cheirinho a tofu com arroz frito. Agora é o barulhinho da baixa de Lisboa. Os apitos e as más criações pronunciadas pelos taxistas que não se conformam com a merda da sinalização que um espertinho qualquer teve a ideia de implantar. Cada cruzamento tem um sentido proibido. Estacionar na baixa? Esqueçam isso, já lá vão os tempos em que havia liberdade, agora pagas e mesmo pagando nada te garante que não encontres o carro bloqueado. É oficial, os polícias (salvo raras excepções) tornaram-se um bulldogs sem coração à procura da próxima vitima que lhes garanta um bom pedacinho de carne para levarem às crias.

Agora consigo cheirar verdadeira comida: torradas, sopa, carne assada, peixe grelhado, azeite, batatinha cozida, bacalhau na brasa, etc. Consigo também cheirar aquela comida moribunda do IKEA cada vez que lá vou. Tenho passado os meus dias enfiada naquela catedral do consumismo responsável por muitos divórcios!! Sim porque não é possível sair de lá ileso, aquele stress, aquele mar de gente. O IKEA é uma bruxa mascarada de princesa fofinha. É tarde demais quando nos apercebemos que tomou conta da nossa vida e que para decifrarmos os segredos de montagem muitas lágrimas e suor hão-de escorrer. A bruxinha é má mas o resultado final é positivo: uma casa gira e a carteira, mesmo que vazia, não teve que trocar a mãe e a irmã por camelos!

São todos, por isso, bem vindos a este novo mundo, onde há televisões, concertos (Seu Jorge abriu a season) teatro, jantares com amigos, saídas à noite, roupinhas giras e acima de tudo uma casa fofinha de braços abertos para quem quiser vir comer uma sopinha com torradas, beber um cházinho e pôr a conversa em dia. Para celebrar, a partir de agora há sessão Bollywood (com comes e bebes incluídos) cá em casa todos os sábados à tarde!! Para quem não gosta de Bollywood, vão mas é tirar um curso de bom gosto.

thesartorialist.blogspot.com

Esse Blog que me faz querer ganhar o Euromilhões para poder comprar todas as roupas lindas (e dar o resto do dinheiro aos pobrezinhos), tem fotos que vale a pena partilhar (e outras nem por isso).

Duro, Durinho, Durão

É sempre bom saber que há portugueses que brilham. Cada vez que eu digo que sou de Portugal a resposta é: Ahhh Cristiano, Cristiano! Ninguém me diz: Ahhh Durão Durão! Já se sabe que o futebol move emoções e que a política move bocejos.

Mas mesmo que o pessoal vibra-se com a política como vibra com o futebol convenhamos que a reeleição do Durão é aquela coisa que não aquece nem arrefece. Ali está um fantoche, com frases protótipo, que não tem opinião própria, que diz o que lhe mandam, que está ali como um bibelô tal e qual uma qualquer bola de futebol que se deixa manipular pelos jogadores.

Já a Ferreira Leite não se saiu nada mal ontem nos esmiuçamentos do Gato Fedorento. Pela primeira vez vi o esboçar de um sorriso sincero, até deu para vislumbrar o seu lado maternal face ao puto do gato fedorento. Um lado menos duro e mais humano pode ganhar-lhe votos!! Uiiiiii tenho medo, muito medo!!!!

Freedom?

3,2,1 - Freedom!!! devia ser assim right? cheguei a Portugal, posso ver amigos, ir à praia, blablabla....

Chego aqui vou a uma consultinha e dizem-me: tem que ir já para uma mini cirurgia, telefone aos seus pais daqui 2 horas vamos abri-la!! E depois ainda chamo bárbaros aos Cambojanos!! maiores bárbaros que estas gentes dos hospitais não há!! estão sempre prontinhos para nos abrir ao meio e nos costurarem devagarinho qual tortura chinesa, noooooooooooooooooooooooo!! Mas pronto, para além deste começo a sangue frio já estou bem ambientada. Os meus primeiros comentários a Portugal:

Soltem a parede!! E mais programinhas com a Diana Chaves que é gira, inteligente, boa como o milho e é a melhor apresentadora que eu vi na tv portuguesa desde há muito tempo. A contrapôr temos a Manuela Ferreira Leite que é.... bom no comments!!!! E força Portugal temos que nos qualificar para o Mundial (alguém dê chicotadas ao Frisitiano Fronaldo? pode ser que com tortura ele comece a fazer alguma coisa de jeito pela selecção. Ahhh, e porque é que ele é capitão? why, why, why????)

Ditaduras para bem da Nação

Algures a meio do mês de Junho de 2005 em Londres à entrada da biblioteca da Universidade: eu e a Maira saímos da biblioteca depois de 8 horas seguidas de estudo e muito starbucks no sangue (chá preto para mim, café para ela). Vem ter connosco uma rapariga de véu preto bem coladinho à cabeça e dirige-se à Maira: “You are from Pakistan right? Why aren’t you wearing a veil? You are not ashamed? This is haram!!”

Eu e a Maira ficamos paralisadas, acho que nem respondemos nada direito. Só depois da coisa se ter passado é que começamos a ficar enervadas e a pensar no que gostaríamos de ter dito mas não dissemos. Eu fiquei louca de raiva, queria ir procurar aquele abutre mascarado de freira mal parida e dizer-lhe que a ia entregar à polícia por andar a apregoar fanatismo islâmico num pais que nem era o dela. E que se ela gostava tanto do véu devia mas era voltar para o Paquistão!!! E é assim que sem nos darmos conta nos tornamos intolerantes. Mas não consigo evitar, é que não dá, não suporto véus!! Tenho alguns amigos muçulmanos, e a Maira que é uma das minhas melhores amigas ensinou-me muito sobre o Islão. Mas uma coisa é o Islão e pessoas como a Maira (que até são a maioria dos muçulmanos) outra coisa é o que se vê por aí a olhos vistos. É que até aqui, no Camboja, onde há montes de miúdas de calções curtinhos e todas com uns cabelos enormes soltos e brilhantes, há uma minoria de miúdas que usam véu (por serem muçulmanas obviamente).

Eu nem sou feminista. Mulheres, homens, direitos iguais e blablabla, não é mesmo my cup of tea. Mas usei véu durante meses no Afeganistão e asseguro que não é pêra doce. Nem é uma questão da coisa não ser sexy ou whatever. O problema é que é desconfortável, só conseguimos olhar em frente, como se tivéssemos palas daquelas que se põem nos burros ou nos cavalos. Cada vez que alguém está ao nosso lado e nos quer falar temos que virar a cabeça e o corpo como se tivéssemos com torcicolo.

Portanto, se eu fosse presidente do Camboja proibia o uso do véu e quem não respeita-se era obrigada a andar de bikini na rua durante 2 meses!!! Se fosse presidente de Portugal fazia o mesmo, mas aproveitava e também proibia a abertura de lojas chinesas em cada esquina.

Bárbaros fofinhos

3 dias de trabalho de terreno no fundinho do mundo rural cambojano com 4 dos meus colegas (tudo homens que a minha chefe tem medo de mulheres). 7 da manhã, todos a bordo do jipe, começa então a aventura:
- 1 cassete que rodou no mínimo umas 30 vezes com 6 músicas de hip-hop cambojano. A beat era suportável mas hilariante foram as traduções feitas pelos meus colegas.
“Shanti do you know what they are saying in this song?”
No (hello, a esta altura do campeonato já devias saber que não pesco nadica de nada de Khmer).
The girl is saying: “My skin is dark but boys still think I am sexy and flirt with me.”
E eu: “ohhh, ok, that’s interesting” (estive para lhe perguntar como é que ele conhecia palavras como flirt e sexy, mas tomei a decisão sábia – penso eu de que – de não entrar nesse género de detalhes).
And the boy is saying: “I have received my monthly payment and spent it in the discotheque, glambing and drinking with my friends and now I have no more money left for the rest of the month.” Abstive-me de comentários.

- Paramos para comer numa taberna porquita de rua (mas a isso já eu estou habituada) e passa uma senhora com tarântulas gigantes fritas num prato. Os meus colegas agarram-se ao petisco com unhas e dentes. Enquanto eu comia os meus legumes banhados em óleo e arroz eles explicaram-me que a melhor parte era a parte do estômago porque tinhas os óvulos lá dentro. Respirei fundo e disse-lhes para lavarem as mãos antes de sequer se lembrarem a entrar no carro novamente (sim porque eles tinham as mãos lambusadas do óleo das tarântulas fritas que foram comidas à mão). Mas antes disso tirei fotos para a posterioridade.

- À tardinha paramos para comer outra vez. Comidinha normal até que chega a altura das sobremesas (que eu pensava iam ser doces). Chegam uns ovos que pareciam cozidos. Mas não eram ovos cozidos!! Eram ovos que tinham sido chocados e poucos dias antes dos pintainhos saírem cá para fora eles cozeram-nos vivos!! E os meus colegas comeram aquilo!!! Bárbaros, bárbaros BÁRBAROS!! Seus malucos de olhos em bico!! Ainda tiveram a coragem de me dizer que aquilo era bom para a fertilidade das mulheres e que para os homens o melhor para ter “power” era beber sangue de cobra.

- Mas antes destes episódios de comida estrambólica, passado uns 30 minutos do carro ter arrancado, o driver pára assim no meio do nada, no mato. Os meus colegas dizem: “We are going to get some flowers (pensei para mim: mas eu não estou a ver florzinhas nenhumas, aqui só há arroz e palmeiras). Passado um bocado voltam e lá me explicam: “When we say going to get flowers we mean going for pipi” (eles usam a palavra em Francês). E acrescenta: “Small pipi and big pipi” (quer isto dizer cocó!! eu obviamente teria dispensado o detalhe do género de flores que eles foram plantar).

Mas não pensem que não gostei da viagem: adorei. Foi lindo ir a ouvir hip-hop no meio do nada com 4 maluquinhos da cabeça. Até fizemos um vídeo e tudo para eu mostrar aos meus pais como sou uma menina bem comportada e como os meus colegas me adoram (quando tiver uma conexão normal de internet faço o download para o facebook – é um tanto ou quanto hilariante vê-los no banco de trás do jipe a tentar imitar as danças dos filmes indianos).

Alguém que oriente os nossos homens sim?

É porque, amigos, ficar em casa da mamã até aos 30 anos de idade não é sexy, não é responsável, não é saudável, não é coisa de Homem! É coisa de puto mimado que não quer crescer. E não me venham cá pôr a culpa na crise financeira que essa é a desculpa mais esfarrapada para comer à borla em casa da mamã e poupar dinheiro para a playstation.

Isto é conselho de amiga: as mulheres de hoje não querem putos que não gostam de sair debaixo da saia da mãe, que ainda não sabem cozinhar (e mesmo que saibam perdem a prática porque a mãezinha escrava até lhes enfia a comidinha pelas goelas abaixo se for preciso), que não fazem a cama, não lavam a roupa, não a passam, não limpam a casa. E mesmo aquelas mães espectaculares (sim porque em Portugal infelizmente há poucas) que tiveram o juízo de educar os filhos a fazer todas as coisas atrás mencionadas raramente conseguem dizer ao filho: Filho da minha vida faz-te à vida que agora eu e o teu pai queremos curtir a nossa terceira idade na privacidade, namorar, sabes o que é filhote? A gente também é gente!!!! Arranja mulher, casa-te e se és homosexual vai viver com o teu namorado. Se não queres casar, vai viver sozinho, com amigos. Mas viver em casa da mamã? Tem juízo.

Eu confesso que há dias em que me apetece viver com a minha mami e o meu papi, e acordarmos todos juntos. Adoro isso, gosto mesmo. Mas não dá! Não porque os meus pais não sejam um espectáculo ou que nos demos mal, nada disso. Mas porque chegou a hora de cortar o cordãozinho. Já não dependo dos meus papis. E mesmo que alguns de nós ainda precisemos da ajuda monetária dos pais quer isso dizer que por essa razão aproveitemos também para ter alguém que nos lave a roupa, faça de comer e limpe a casa à borla?

Na Índia os filhos vivem com os pais, mas isso é outra cultura e chama-se a cultura da responsabilidade. Os filhos ficam a cuidar dos pais. Não o contrário. A ideia é: agora é altura de darmos descanso e felicidade a quem tanto nos deu e não continuar a fazer de conta que temos 18 anos.

E é por estas e por outras que vocês, meus tótós, um dia descobrem que a vossa namorada arranjou outro. Ou quando se casam aos 45 anos e namoram há mais 30 ela está gorda e feia e as coisas já não são como antes. Ou que assim que se casam ela descobre que afinal mais vale mandar-vos de volta para a casa da vossa mãezinha e ela que vos ature e vos dê de comer. Orientem-se, sim?

Pronto já sei que vou levar nas orelhas porque a maioria dos meus conhecidos homens (portugueses sobretudo) se vão rever no acima mencionado. Paciência, as verdades doem, alguém tinha que vos dizer. Gosto de vocês mesmo assim, miminhos nessas carinhas fofas xxxx

Renova

Em Battambang há um único supermercado que vende coisas “normais” estilo: 1 variedade de iogurtes chineses, queijo fatiado President (o único queijinho que aqui se consegue saborear), detergentes, bolachas Oreo, 1 marca de shampoo e papel higiénico.

Ontem fui lá para comprar papel higiénico. Vou assim directa à secção (num supermercado com 2 metros cúbicos, estilo a mercearia mais pequenina da aldeia mais recôndita de Portugal) e pego no primeiro pacote que estava à mão. O rapaz vem ter comigo e num inglês misturado com palavras em Khmer gesticula: “No good. These Thailand (apontando para o sinal: Produced in Thailand)” e põe-me outro na mão e diz: “This Cambodia (apontando para o sinal: Product of Cambodia)”. Eu nem pensei 2 vezes, segui logo o conselho dele.

Assim é que é defender o produto nacional!!! Vamos todos deixar de comprar Cologar e Scotex, de agora em diante só Renova. E se queremos poupar as árvores portuguesas e dar cabo das do Congo ou dos Camarões então podemos sempre comprar citrinos algarvios e recusar comprar laranjas ranhosas vindas de Espanha.

Se eu tivesse escrito tal coisa na minha tese de mestrado tinha logo sido rotulada de fascista proteccionista, anti-liberal!!! Ainda bem que se acabaram os tempos em que os meus profes, como tipicos ingleses, me xingavam a cabeça com o seu liberalismo desenfreado. Liberalismo sim, mas com calminha que a “invisible hand” às vezes gosta de andar por sítios pouco adequados.

A minha chefe pediu-me um summary report, então cá vai:

Esgotei o stock de DVDs há colhones, o Benfica joga em casa, bebi uma àgua de coco antes de me ir deitar e levantei-me no mínimo 8 vezes esta noite para ir fazer chichi (ia sendo mas não foi, o dia em que com 27 anos me mijei na cama), não percebo nadica de nada do que a minha cozinheira me diz pela manhã quando ainda estou meia a dormir, resultado: tofu com arroz dia sim dia sim, a minha chefe é uma piii.... de quinta categoria (mas isso você já sabia), esta semana houve festinha na casa da frente por isso musica aos altos berros logo às 6 da manhã (ninguém orienta esta gente? É que só podem ter muita droguinha naquele corpinho para ouvirem martelada às 6 da manhã!), tenho tanto trabalho que não me aguento nas canetas, ainda faltam mais de 30 dias para voltar a Portugal, quando voltar já vai ser quase Outono e vou ter que comprar botas e casacos em vez de vestidinhos de Verão, não me apetece tomar banho, já vou renascer mosquito no mínimo 10 vidas a mais só para pagar o karma da quantidade de mosquitagem que liquidei à paulada este weekend, acabaram-se as Oreo e não há mais no supermercado.

Lado bom da vida: desta vez não me apareceu nem uma borbulhinha na cara devido ao Benfica jogar em casa e só por isso vou celebrar esta noite sozinha com um copinho de àgua. TchinTchin

Eu sei que vou fazer figuras tristes com este post, mas olhem fica para a gente de Monchique

Pronto, ontem foi dia santo e lá falei com a minha irmã Ori ao telefone e pude descarregar a bílis ao queixar-me das minhas frustrações, mas acima de tudo dizer nomes malcriados só pelo gostinho!!!

Nem vou contar metade das má criações que ela me ensinou, nem metade das c.... que eu disse. Mas ela para me fazer rir começou a falar comigo em Monchiqueiro e sai-se com esta:

pffffffff, diabe cagarem-se!!

Agora isto dito com sotaque bem bregeiro à Monchiqueira é uma delícia para os ouvidos. Fi-la repetir a coisa umas 30.000 vezes (assim como a obrigo a cantar-me a música: blestablesta nomanoma aié, noma noma aié, picasso.... etc e tal e dizer Ahhh , um bichem, fugem).

Pronto e sou feliz assim o que é que se há-de fazer.

Um post a ser lido pelos meus futuros filhos como bom exemplo de incentivo à leitura

A minha leitura do dia: National Plan of Action for Persons with Disabilities; including Landmine /ERW Survivors; Convention on the rights of Persons with Disabilities; General Population Census of Cambodia 2008.

E depois ainda há quem me pergunte porque é que não leio nos meus tempos livres. Hummm, talvez porque seja uma seca e que não há nada que substitua um bom filminho! Passo o dia a ler estas coisas e a cansar o cérebro e vou-me por a ler antes de me ir deitar?

Único problema é que neste finzinho de mundo em casa não tenho nem televisão, nem internet e o stock de DVDs há muito que se esgotou. Mas prefiro ver a repetição do Lost 10.000 vezes. Ler só se fossem revistas da fofoca como a Caras, a Ragazza ou a Vogue mas infelizmente não há cá disso.

Pensamento do dia

Agora toda a gente diz: "O que tu queres sei eu". Para mim vai ser sempre: "Andas com o pito aos saltos ou tás com falta tás!!!""

Matraquilhos

Já vos deve ter acontecido sentirem assim um enorme arrependimento por terem dito uma parvoíce, por um gesto ou atitude que tomaram a um certo momento numa conversa entre amigos, família, desconhecidos ou colegas. Não sei com que frequência é que isso vos acontece, mas parece-me que a mim me acontece com demasiada frequência.

Acho que se fosse fazer uma estatística concluía que devo dar em média 1 a 2 calitradas por semana (é carapau) daquelas que dá mesmo vergonha. É que sou desbocada, histérica, impulsiva, epilétrica, digo tudo o que me vem à cabeça, opino sobre tudo e mais alguma coisa mesmo sem saber do que estou a falar e depois claro resultado: digo muita m…. Depois chego a casa penso no que disse ou fiz e arrependo-me. Já aprendias a fechar a matraca não?

Vou ali e já venho, e quando volto o que encontro?

É verdade que tenho saudades de Portugal e que defendo o meu país com unhas e dentes. E que digo a toda a gente que encontro que não há melhor comida que a nossa, e que ao pé do nosso pão as baguetes francesas metem pena. E que as pessoas são simpáticas e acolhedoras (menos os algarvios – mas algarvios não inclui Monchiqueiros e freguesias à volta porque somos uma raça à parte). E que o nosso clima é maravilhoso. E que Lisboa é linda e que temos campo, praia e vida urbana de alta categoria.

Mas ou eu me tornei muito imigra ou desde que me vim embora que o número de atrasados mentais per capita aumentou!!!

É que às vezes dà-me para ler os comentários a outros blogs e encontro MUITAS VEZES coisas do género: “Adoro o seu blog”; “Vá visitar aquele sitio em Nova Iorque vai achar o máximo”; “Leve protector para se proteger do sol” pior PIOR: “a menina não pode fazer isso querida”. Mas tá tudo parvo c.....??? mas desde quando é que Portugal se tornou num país de tias de cascais??? é que pronto, no mínimo dos mínimos tratar pessoas da nossa idade que nem conhecemos por você é um nojinho, NOJINHO.

Pensamento do dia

O Bush até era fofinho

Em exclusivo porque não pus no “fessebook” e porque estas fotos não têem assunto nenhum

Há 2 semanas dormi neste quartinho:

E mergulhei nesta piscina com água salgada que sabia a chichi (e tu já provaste chichi? Sim já provei e é salgado):


E fui ver a árvore do Tom Raider (sem a Jolie, que peninha)

E fui ver estes templos perdidos no meio do mato


E finalmente fiz um desfile de moda digno de quem quer paz no mundo e ajudar os pobrezinhos:

Parece que estou grávida!!! mas não estou!!!

Pensamento do dia

O pior nome que me chamaram até hoje (tinha eu 14 anos): Galinha Indiana. É mau ser teenager, mas também é bom!

Amor à segunda vista III – the beginning of the end

Para não variar, o irmão trouxe-o sem calças nem cuecas. Segundo, estava sentado no triciclo e tinha feito chichi no triciclo. Terceiro, porque o triciclo tinha um banquinho o chichi fez pocinha e molhou um pouco da t-shirt (sim porque a t-shirt é um acessório necessário mesmo sem fralda nem cuecas!!!).

E ele estica-me os bracinhos como quem quer colinho. Então e eu vou pegar no puto todo mijado? Deixei-o lá, dei-lhe as minhas chaves e ficamos assim a namorar à distância de 4 palmos, eu sentadinha ao lado dele.

Vai daí, a criança começa a mexer no pirilau e a rir-se. Eu só tenho irmãs e não tou habituada a estas coisas. O irmão dele vê a coisa e ri-se. Pronto, lá devem achar que mexer na pilinha tem graça. Mas a criança tava toda mijada e a mexer na pilinha? e ninguém lhe pega para o ir lavar?

Eu a pensar que a coisa não podia piorar quando ele num abrir e fechar de olhos leva a mão à boca. Pronto está o caldo entornado.

Pensamento do dia

Anda para aí muito homem com mamas maiores que as minhas...

A vida é bela

Aqui chove e chove e chove a bandeiras despregadas e o meu meio de transporte é uma lambreta azul e esta manhã fiquei toda cagada porque me estatelei na rua que estava toda enlamaçada (asfalto? mas isso existe?). Para completar à hora de almoço uma mota passou rentinha a mim e salpicou-me a t-shirt toda branquinha. E logo hoje (eu que nunca recebo visitas) vem cá ter um homezinho de uma outra ONG (ahhhh, uma pessoa branca milagre, também existem aqui neste fim de mundo?!) para falar sobre como ajudar os pobrezinhos a ser menos pobrezinhos. E pronto é só glamour!!!

O perfeito politico ….

Diz sinceramente o que pensa, no matter what
Antes de dizer o que pensa reflecte bem sobre o assunto
Ao dizer o que pensa, fá-lo com tolerância e abertura a outras ideias e formas de pensar
Tem coração, e deixa-se levar por ele quando tem que ser
Tem um cérebro que o ajuda a controlar o coração quando este não sabe como reagir
Não favorece o primo, tio e gato a passar à frente de outros candidatos para postos de trabalho livres
Não compra colares de diamantes às gajas da playboy com dinheiro público
Cala toda a gente que fala demais com um simples pum bem dado em plena reunião
Não usa gravata e paneleirices dessas
Não lava os dentes e cheira mal da boca cada vez que é obrigado a estar na mesma sala que os ditadores mauzões
Não exerce caridade gratuita a preguiçosos que não levam-te o cu da cadeira nem mesmo para deixar um pum sair mais facilmente
Não respeita protocolos da tanga como ir ver o Papa ou a Rainha Isabel (ou outros personagens de terror da mesma família)
É homem (porque as mulheres são umas vacas – menos as minhas amigas, a minha família, as mulheres com bom coração, as mulheres queridas, as mulheres mães e eu claro)
Não vai às putas
Não se deixa influenciar pelos humores menstruais da sua esposa
Não gosta de futebol (porque isso tira toda a objectividade a um homem)
É equanime nas suas decisões e serve o bem comum e não o do seu umbigo
Não é um intelectualoide nem se guia por ideias académicas inventadas por gajos que passam os dias sentados a conceptualizar assuntos que são de natureza prática e não teórica
Faz discursos curtos do género: “Os que se queixam porque este ano, devido à crise financeira, não podem comprar um i-pod ao filho vão mas é apanhar no rabinho. No que respeita acesso a saúde gratuita e eficaz, educação de qualidade, combate à corrupção, ajuda externa reforçada, perdoar a divida externa de países pobres, reforçar as medidas ambientais, melhorar os serviços públicos, sistema de justiça limpo e justo, policia amiga que não passa multas só para f…. o pessoal e que ajuda as velhinhas, vou tentar resolver até ao fim do mês que vem. May the force be with you Jedis!!!!”.

Comentário ao post, Anónimo said: “Gostas mais de gajos ou de gajas?”

Pergunto-me porque que é que alguém que lê o meu blog (basicamente os meus amigos e família) se lembraria de me perguntar uma tal coisa?

E como eu não tenho mesmo mais nada para fazer da vidinha pensei nas seguintes hipóteses:

1. Alguém deste mundo ou de Marte quer saber se sou the L Word ou se desde gaiatinha sonho casar-me com o actor hot da minha série favorita.
2. Alguém que come cogumelos alucinogénicos ao pequeno almoço quer saber se gosto mais de ter amigos rapazes ou amigas raparigas
3. Uma amiga ou amigo finalmente decidiu comentar no meu blog e gozar comigo.
4. Uma das minhas amigas ganhou finalmente a coragem de me perguntar de forma indirecta porque é que eu cada vez que vejo uma mulher com alto par de mamas fico a olhar (resposta: porque as minhas são pequenas, dahhhhh!!!)
5. Um dos meus amigos rapazes decidiu perguntar isto a todas as gajas boas que ele conhecia (e isso tinha de me incluir? Ahhh pois claro). Só não percebo porque ficou anónimo: eu não me zango Zézinho!!!
6. Porque é realmente alguém que não me conhece e quer simplesmente fazer a pergunta só por fazer.

Será que acertei nalguma? Se acertei numa quando voltar a Portugal vou seguir o ritual semanal do meu avô Zé Joaquim e jogar no Euro Milhões.

Amor à segunda vista II

Cosa má fofa

Amor à segunda vista

Finalmente, após 2 meses, encontrei a minha alma gémea por estes lados do Oriente. A nossa história resume-se a isto:

Chego eu a casa por volta das 6 da tarde montada na minha lambreta e estava um bando de rapazes a jogar volei à porta de minha casa. Digo: Hello, e eles em uníssono respondem: Hello (riem-se com um comportamento típico de quem está a olhar para um chimpanzé num jardim zoológico. É que mesmo que eu seja escurinha eles ainda me vêem como um bicho raro). Vi-o ao longe de relance, ele estava quietinho a assistir ao jogo de volei. O click não foi imediato. Aproximei-me dele, sorrimos um para o outro, trocamos olhares. Havia outro ao lado dele que me parecia mais giro mas esse não mostrou grande interesse em mim por isso lá tive que me contentar com o mais rechonchudo.

Até já lhe vi a pilinha porque o irmão dele nesse dia deve ter misturado licor com o chá e fez o favor de o trazer sem calças nem cuecas. Mas, atenção ao pormenor: vinha com uma t-shirt das Turtle Ninja a dar pela cintura e umas sandálias de plástico com luzinhas que faziam barulho cada vez que ele punha a patinha no chão (quando eu for presidente do mundo a primeira lei que promulgo é fazer desaparecer essas invenções pouco ortopédicas inventadas por alucinados da cabeça).

Amanhã trago uma foto dele aqui ao blog.

Molhos

País vizinho da Tailândia, o Cambodia é também conhecido pelos SPAs (sim, esses oásis na terra que são o mais próximo que podemos vislumbrar do paraíso). Xinguei tanto a cabeça do meu husband to be: “Vá lá vem comigo, please, vais gostar, é massagens, tu gostas e vais ver, vais-te sentir relaxado. Não tenho ninguém com quem ir e só estás cá uma semana, please, please, please. Prometo que as raparigas são giras e tudo”. Face a esta última frase ele acabou por concordar em vir comigo depois de se ter certificado várias vezes que se alguém tinha mesmo que andar a tocá-lo iam ser só mulheres: “Uma coisa é certa, não quero que nenhum homem me faça massagens” disse ele.

Triunfante, eu quis ir ao SPA mais chique, lalala, bliblibli. Ofereciam montes de programas e eu escolhi um que tinha várias coisas lá dentro: massagem com hot stones, não sei o quê para os pés, tratamento de cara, etc e tal. Achei que aquela era a melhor oferta relação qualidade/preço.

Ele lá concordou com o que eu escolhi sem saber bem ao que vinha. Passado 10 minutos de massagem ouvi-o respirar fundo, achei que ele finalmente estava a relaxar e a gozar o momento. Passados mais 10 minutos, ele não resistiu e lá puxou conversa: “Estás bem?” E eu: “Sim, e tu?” Ele: “Estas pedras quentes queimam-me os pêlos das pernas. Tinhas-me dito que era massagem, eu não sabia que me iam pôr pedras a escaldar no corpo.”

Quando chegou a altura de lhe tocarem na cara os comentários aumentaram de intensidade: “Isto não é bem coisa de homem, não achas?” Eu na desportiva (e a pensar: porque será que os homens dão tanta importância ao que é ser homem ou não ser?) respondi: “Ahhh, é só once in a lifetime, enjoy!!!”

Passado uns minutos, eu pergunto: “Então como está a ser?” Ele: “Hummm, isto não é lá grande coisa. Puseram-me um molho na cara passaram-me uma toalha com água, puseram outro molho, passaram novamente com a toalha molhada e agora puseram-me este terceiro molho. É como se estivessem a preparar um hambúrguer ou coisa assim”.

Comentário final do menino: “Desperdício de dinheiro, sinto que já não tenho pêlos nas pernas porque foram todos queimados. Nunca mais me apanhas numa destas. Viste no fim? Puseram-me uma cena nos lábios, acho que era batôn!”

O que será que me aguarda quando ele pedir a recompensa por este sacrifício?
Beber cerveja e comer caracóis? Ir ver um jogo de futebol com gajos a arrotar a torto e a direito? Seja o que for, provavelmente mereço o castigo.

Miss Chica Esperta

Aqui há autocarros: são bons, relativamente rápidos, têm ar condicionado, às vezes cheiram a carne de porco cozida, param a cada 30 minutos para fazermos um chichizinho, têm televisão aos altos berros com Karaoke chinês e uns cortinados cor-de-rosa floridos para proteger do sol.

Mas ontem decidi apanhar um táxi local em vez de apanhar o autocarro. Pensei para mim: “por 7 USD faço 200 quilómetros, vou à hora que quero e chego mais rápido”.

A descrição da viagem de taxi resume-se a isto: íamos 7 num Toyota Corola (um carrinho pequeno). Éramos 4 atrás e 3 à frente (entenda-se que isto não era uma carrinha e que só havia 2 bancos à frente, não 3). O condutor partilhava o seu lugar com uma rapariga e mesmo agora, passado 24 horas, não consigo perceber como é que ele conseguia conduzir com mais de metade do rabo enfiado algures ali no meio dos 2 bancos da frente (já para não falar como ele conseguia pôr as mudanças). A senhora que ia ao meu lado era rechonchuda (gorda vá, a dar para o balofa para não dizer obesa – o Gato Fedorento ainda passa em Portugal?). O carro cheirava a chulé em fermentação. O homem parou umas trezentas vezes para fazer sei lá o quê, deixou cada alminha à porta de casa e eu fui a última das alminhas. A viagem durou 3 horas. Yupiiiiiiiii!

O condutor é o que está sentado no meio, do lado esquerdo estava uma rapariga e do lado direito um homenzinho que ia todo refastelado porque aparentemente tinha pago por 2 lugares e por isso tinha na verdade direito a um lugar só para ele. O resto de nós, comuns mortais, tinha direito a meio lugar.

Eu gosto de mamar nos peitos da Cabritinha

Porque eu defendo a cultura popular portuguesa, fica aqui a correcção ao meu blog passado. Não é eu gosto de chupar os peitos da cabritinha. É mamar (obrigada Nokitas)!!!

Aiiii, tenho saudades da Feira dos Enchidos de Monchique: músiquinha há maneira, muita festa, bolo de tacho, carninha (que eu não como mas que cheiro), velhinhas á maneira, velhotes á maneira e pronto é basicamente isso... Alguém quer completar a descrição da Feira dos Enchidos? é que eu não me lembro assim de mais nada! Ahhh sim, já sei: quando em vez do Quinzinho vem a Mónica Sintra, as Bombocas e outras girls band, há também gajas boas (entenda-se por isto ter mamas grandes) e gajos menos bons a babar pra cima delas. Pronto é tudo!

Afina a garganta meu cantor

É indescritível a música aqui neste país. É que não sabem cantar, têm aquelas vozinhas muito desafinadas e agudinhas, hummm coisinha boa, até me dá um arrepiozinho nas costas.

O pior é mesmo a música que se canta nos templos e nas mesquitas (sim porque eles andem ai e traguem ovos) – põem-na aos altos berros ás 7 da manhã com ALTIFALANTES!!! Mas será que eles não percebem que Deus, Buda e Alá também tem ouvidos e gosto musical? E que essa musiquinha ranhosa é mais uma ofensa aos deuses que uma oferenda?

Brasil sil sil sil sil...

Ontem liguei o i-tunes e deixei a música tocar à sua vontade durante horas. Já me tinha esquecido que tinha lá posto um CD da Ivete Sangalo (cortesia da minha amiga Filipa). Ora há uma música cantada pela Ivete e pelo Gilberto Gil com a seguinte letra:

Eu quero beijar a sua boca louca

Eu quero beijar a sua boca louca

Eu vou enfiar uva no céu da sua boca

Eu vou enfiar uva no céu da sua boca

Chupa toda!

Só mesmo o Brasil para tornar poética uma tal expressão. Se tentássemos dizer isto em Português de Portugal até parecia mal. Na nossa versão portuguesa contemporânea o melhor que conseguimos fazer é:

Eu gosto de chupar os peitos da cabritinha

Eu gosto de chupar os peitos da cabritinha

Isto dito, Portugal tem poetas e escritores fantásticos, mas esta leveza Brasileira que transforma as palavras em plumas é um hino à espontaneidade!

Pergunto-me se alguém traduzi-se isto para Khmer, será que a moda pegava aqui por estes orientes?

Tá-me a dar uma coisa...

Há uma cena que me faz passar da cabeça e subir às paredes nesta vida de “expatriate” ou emigra (vai dar tudo ao mesmo): as ânsias e apetites! É que quando estás longe de casa, da família e dos amigos (é dramático eu sei!) e te dá um apetite qualquer sabes que dificilmente vais poder satisfazê-lo nas próximas semanas ou meses. Falo de todo o género de apetites/vontades/saudades:
Um bolo de chocolate
Uma torrada com manteiga (eu até me contentava com pão da D. Rosa com manteiga)
Uma cena qualquer com azeite galo (ou outro azeite qualquer que seja azeite e não essas coisas que os Italianos fazem, isso não é azeite isso é Oglio ou Olio sei lá)
Água do Luso, Vitel, Monchique ou outra água qualquer que saiba a água e não a lixívia (em Bruxelas era uma verdadeira dor matar a sede)
Um abraço da minha mãe
O cheirinho do pescoço da Ori
Um beijinho do meu pai
A Veeninha a expressar-se gesticulando com as manitas à hora de almoço
Uma tarde na esplanada com 1, 2 ou várias amigas a falar de roupinha, namoricos, vida, filmes, gajos bons e gajos cabrões, etc e tal (por respeito às minhas amigas, devo mencionar que tenho amigas inteligentes que falam de politica, economia e essas cenas mas eu não consigo acompanhar por isso fico-me pelas conversas atrás mencionadas)
Uma noitada passada com rapazes amigos que só dizem bacoradas, babam para tudo o que é rabo de saia, má criação a torto e a direito, piadas porcas que só eles entendem e fazem o esforço de me explicar, gozam com as pessoas na rua e comigo obviamente, quase que se fazem espancar por um namorado ciumento, coreografias a imitar corridas de carros, etc.
Almoçarada de Domingo em casa da Avó Celeste com os primos todos
O ar de Monchique ao acordar no sótão da minha casa com a família toda enfiada na mesma cama
Dançar até às tantas: tengo la camisa negra, Shakira, Gipsy Kings, Lambada e outras do género (nada de criticar o meu gosto musical, sou uma pimba assumida e se tivesse nos Santos ia vibrar ao som do Tony Carreira: nesta não estou a ser irónica, eu gosto do Tony Carreira, e gosto mesmo, pronto)
E outros apetites que não vou aqui esmiuçar porque isto não é o big brother = blog porno, e eu dou muita importância à minha privacidade (ou não). Na verdade, estou a treinar para estrela de cinema e acho que a frase “dou importância à minha privacidade” é essencial para o meu treino (Sim eu sei: get a life !!!)

Sinto-me Aladin

Querido Génio da Lampâda,

Eu sei que só tenho direito a 3 desejos mas como esfreguei várias vezes a lâmpada será que podias:

- Proibir que os Israelitas continuem a criar colónias de férias em território alheio
- Tirar o Islão da sua fase das trevas e mostrar-lhe o caminho das luzes
- Noutras palavras – proibir o uso de burka e de qualquer interpretação marada do Islão
- Provocar um ataque cardíaco no Ahmijeime do Irão
- Acabar com a crise financeira mundial mas ao mesmo tempo reforçar o Estado social e pôr um travãozinho ao capitalismo desenfreado
- Diminuir a poluição no mundo mas permitir um crescimento económico dos países em desenvolvimento
- Acabar com a fome em África e, já agora não custa nada, no mundo inteiro também
- Permitir uma distribuição igualitária da riqueza mundial
- Preservar os nossos recursos naturais e as espécies em extinção
- Tornar Portugal o novo Império Mundial
- Incluir a Índia e o Brasil no Conselho de Segurança da ONU
- Acabar com a violação dos Direitos Humanos na China e já agora no resto do mundo também (se isto acontecer a China também pode fazer parte do Conselho de Segurança?)
- Fazer compreender os Shias e os Sunnis do Iraque que são irmãos e não devem andar às turras
- Anexar o Paquistão e o Afeganistão à Índia e pôr a população inteira a ver filmes de Bollywood
- Eleger o Sharukh Khan como Presidente da Répulica Unida da Índia, Paquistão e Afeganistão
- Acabar com a exploração dos recursos naturais africanos pelas grandes multinacionais ocidentais
- Dar um lindo fim a todos os ditadores do mundo, menos ao Fidel e ao Chávez
- Acabar com o embargo a Cuba
- Eleger Presidentes como o Obama em todos os países Africanos
- Não permitir horas extraordinárias de trabalho e acabar com o trabalho infantil (entenda-se infantil todas as pessoas até aos 25 anos) e sénior (todas as pessoas com mais de 50 anos) – assim resolvemos o problema do desemprego de uma vez por todas
- Fazer com que todas as mulheres solteiras encontrem os homens das sua vida e se casem (se assim o desejarem)
- Dar-me uma torradinha com manteiga a derreter daquelas dos cafés portugueses, é que tá-me memo a apetecer!

É difícil ser-se linda…

… já ouviram esta frase? Não a do: “É preciso sofrer para ser bonita”, essa até tem o seu sentido. Digamos que para mulheres peludas como eu, fazer o bigode e depilar as zonas do hemisfério sul é um sofrimento e se eu deixa-se a floresta crescer não ia ser muito bonito de se ver. Claro que há aquelas que, por serem as favoritas do Senhor Deus, nasceram sem pêlos!

Agora “é difícil ser-se linda”? ah e tal, porque “só gostam delas pelo exterior” ou então “têm muitos homens atrás e por vezes até se sentem inseguras” ou a rematar “as outras mulheres têm inveja”. O cúmulo dos cúmulos é mesmo o discurso do meu querido pai: “tenho uma paciente que é top-model, coitada ela sofre muito, é um mundo duro porque ela é tão linda e é dificil ser-se linda”. Paizinho com todo o respeito, que eu te adoro mais que tudo: give me a break tá bem? Então mas onde é que já se viu uma coisa destas? Anda meio mundo (feminino) a ir à depilação, ao cabeleireiro, à manicure, à esteticista, a fazer dietas, a espalhar cremes pelo corpo, a gastar rios de dinheiro em roupinhas, a fazer tudo e mais alguma coisa para se pôr bonita e essas top models que com qualquer trapinho, e mesmo ao acordar, são umas bombas que é só clicar os dedos e têm paletes, resmas de maridos sofrem por serem lindas?

Claro está que a felicidade, ou simplesmente a ausência de sofrimento, não são factores ligados à beleza, mas isso todos nós sabemos né?

(mesmo se à noite quando rezamos o terço lá pedimos para que nos cresçam as maminhas só mais um pouquinho e já agora ter mais uns centímetros de altura e uns lábios mais carnudos - não estou a falar de mim, hã? até porque nunca sonhei ter um bruta par de mamas e os meus lábios são melhores que os da Jolie– isso e a fada sininho que me bateu à porta o outro dia).

Agora se uma miúda é linda de morrer e é inteligente acham mesmo que só vão gostar dela pelo seu físico? Quando ela começa a falar as pessoas dizem "cala-te que és tão linda que não tens direito a ser inteligente"? Isso é só tretas. As mulheres lindas, com alto par de mamas e umas carinhas de anjo podem até ter momentos difíceis na vida, algumas podem até ser super infelizes, agora não me parece que seja por serem lindas de morrer. Encontrem lá outra desculpa, está bem?

Há dias em que é simplesmente difícil Ser-se (lindo ou feio, bem sucedido ou mendigo, mãe ou filha, solteiro ou casado), todos nós passamos por isso faz parte de sermos Lindos, cada um há sua maneira.

Escrito por: Miss-passa-para-cá-o-silicone-que-eu-sou-uma-complexada-das-mamas

Ah um bixem fugem

No comments (versão Euronews)

http://tehranbureau.com/

Ahmijeime e tal…

Eu sei que ainda há quem se levante de manhã e se sente à mesa da cozinha a "lêr" o jornal
De papel ou virtual
Acompanhado pelo seu “café da manhã” habitual

Também há os que esperam para chegar ao trabalho para aceder aos jornais, que é para isso mesmo que temos net no trabalho (para "lêr" as notícias, ir ao facebook, escrever no blog e twitar). Temos a sorte (ou não) de aceder a diferentes jornais com um simples click e constatar que, em termos de notícias internacionais, afinal a agência Reuters e outras poucas mais monopilizam a informação que nos entra pelos olhos/ouvidos adentro diáriamente.

Mas eu não leio jornais nem de papel nem virtuais. O meu único ritual é obrigar-me, literalmente, a abrir a página da bbc news 1 vez por mês. Abro a página, leio as headlines, alguns artigos de opinião e fecho aquilo para só vir a abrir passado 30 dias (ou 40 se for preciso). Deve ser por esse motivo que não sei o nome de nenhum ministro do governo Sócrates, nem do Primeiro Ministro Cambodiano, nem sei qual é o nome do Mayor de Londres, ou dos representantes eleitos no Parlamento Europeu. Não sei nomes nem tenho noção dos enredos políticos que se vão tecendo à minha volta (para quem estudou Ciência Política sou uma verdadeira rebelde yeehhhh – ou ignorante vá).

Mas sei que houve uma enorme abstenção nas eleições europeias, que a direita levou a melhor (para não variar), que desapareceu para aí um avião da Air France a semana passada, que o cabrão do Presidente Iraniano foi re-eleito (à força). Resumindo: só há merda e é por isso que não leio as notícias para não me apetecer declarar jihad áquele f… da p… do Ahmijei-me!!!

Isto há gente que inventa tudo para justificar a sua ignorância.

Antes de ires para a escola vais lavar a vaca que isto não é só andares a brincar!

Eu não brinco em serviço

Porque eu estou aqui é para ajudar os pobrezinhos, gastei as minhas ultimas economias no fim-de-semana passado (antes do épisódio wish me luck). E se pensam que em Siem Reap passei o meu tempo a ver os legendários templos estão enganados. Na verdade fui aos templos tirar umas fotos para pôr no facebook e para me convencer que afinal até sou uma pessoa culta. Coisa que sinceramente não sou, porque passei a maior parte do tempo nisto aqui em baixo (que dinheirinho tão bem gasto!):

Visaya SPA - Siem Reap (http://www.fcccambodia.com/angkor/visaya_spa.php)

Wish me luck ou deseja-me sorte (versão Mónica Sintra)

Chamnab, um colega meu cambojano, vem ter comigo há cerca de uma semana e pergunta: “What do you do on weekends?” Ao que eu respondo, com ar de cachorrinho abandonado: “Nothing I don´t have many friends here, besides you and all my colleagues of course” (tradução: sinto-me sozinha e estou mortinha por fazer amigos e até hoje nenhum cambojano(a) me convidou para ir comer carninha de porco a sua casa, queres ser meu amigo pleeeeeease?). Depois ele lá disse umas coisas, mas eu não percebi nada. É que o sotaque inglês dos cambojanos é como o dos chineses, preciso de mais tempo para conseguir decifrá-lo (talvez daqui a um mês eu me torne fluente). De qualquer forma, abanei a cabeça em tom de consentimento sem ter a mínima ideia do que ele estava a falar.

Ontem 1 da tarde o telefone toca, era ele o meu colega Chamnab: “Are you ready to go to the school? Did you have lunch?” E eu: “Not really no, but at what time do you wanna meet?” (eu não tinha nada a perder, de qualquer forma a minha agenda de fim-de-semana estava preenchida com reuniões comigo própria). Lá combinamos a hora e lá fomos nós, 40 minutos de lambreta até à escola. Eu pensei que íamos lá para ver a escola, ver miúdos e tal sei lá, achei que ele era uma alma caridosa que tinha arranjado um programinha para me entreter no weekend (sabendo que eu adoro pintassilgos)!

Chegamos, o Director da escola estava á minha espera, com as mãos juntas ao peito a saudar-me. Ao lado dele 10 professores e à volta, espalhados um pouco por todo o lado, cerca de 100 miúdos entre os 7 e os 20 anos. Reunião de 40 minutos onde o Director me explica que ele não sabe falar inglês (por isso o meu colega Chamnab estava ali ao meu lado a fazer a tradução, mas como eu também não o percebo muito bem a ele a coisa estava assim meia insólita), que está muito feliz que eu esteja ali, que quer que os alunos não sejam ignorantes como ele porque hoje em dia o inglês é uma língua universal e que já não existem fronteiras. Eu achei aquele discurso a coisa mais fofa do mundo e o senhor era tão fofinho. Ele pergunta-me quando eu posso vir? (quando eu posso vir fazer o quê pergunto-me eu na minha cabecinha?). Eu respondo, assim como se tivesse a ser possuída pelo Shrek ou pelo Jack Sparrow: “I can come on weekends because during the week I work”.

“Ok, então vens aos Sábados e aos Domingos (das 3 às 5). Aos Sábados dás aulas de inglês a turmas de inglês avançado. Aos Domingos fazes capacity building dos professores de inglês – está decidido” (isto tudo em Khmer devidamente traduzido para inglês pelo meu colega e para português por mim). E eu sem saber como, lá fui abanando a cabeça e consentido tudo.

Faz-me lembrar a Índia, quando a minha avó me acordava ao sábado de manhã e sem qualquer pré-aviso me dizia: “despacha-te hoje vamos a um casamento e à tarde a uma function” (function é uma cena que se faz na Índia para comemorar tudo e mais alguma coisa: nascimentos, casa nova, loja nova, etc.). E eu lá ia sem abrir o bico. Decidiam assim a minha vida e eu até não achava a coisa assim tão má… se eu ficasse em casa ia passar o dia colada à TV a olhar para o Shahrukh Khan (para os que não sabem quem é: shame on you!!!), pelo menos assim a minha avó estava feliz da vida.

Resumindo, agora tenho o que fazer aos fins-de-semana, mesmo que eu nunca tenha dado uma aula de Inglês em toda a minha vidinha: wish me luck!

E uma visitinha?

Porque quem sabe, sabe…

… e a vaca é que sabe. Ora digam lá: então os Millennium Development Goals (esse marco histórico tipo Doha rounds) não incluem a promocão da igualdade entre sexos – gender equality? Não é isso que nós os promotores da "governance" e do progresso deviamos estar a fazer aqui? Mas não, não pensem que é assim. É porque para estes sitios ou vêem gajos (porque nasceram com uma pilinha) ou vem mulherio de 40 anos que não arranjou homem e por isso sofre de muita frustraçãozinha naquele corpinho (e na alminha por consequência). Ora vai daí este mulherio (mais a dar para os lados da Manuela Ferreira Leite) tem pavor de mulheres. Ainda por cima as mulheres daqui são lindas e estas trombudas europeias vêem para aqui e sentem-se uma lombriga mal amada.

Conclusão: a minha boss decidiu que não posso dar business management training á equipa de social workers, e só posso dar training á equipa de advisors. Ora adivinhem lá? pois é, as social workers é só mulheres e os advisors é só homens. Ou seja, lá vou eu meter-me numa sala cheia de homens Khmers durante três dias a promover a idea que as mulheres são demasiado burras para receber treino em business management.

E que tal mandarem para aqui uma chefona toda boa, loiraça com alto par de mamas? humm? já ajudava não?

Porque o mundo é grande...

... e esta mulher é linda e todos nós (meninas ou meninos) deviamos ver coisas lindas assim todos os dias: faz bem aos olhos.

Day 1 - Miss Diário

Ora comecemos por hoje, Battambang (Cambodia), 11 Junho 2009, para fazer estilo diário de Che, humm?

Faz um calor infernal, para não variar. Tenho uma ventoinha no escritório colada ao tecto e outra quase colada ao corpo, não só para me aliviar deste calor mas também para impedir que os mosquitos me comam viva. Eles atacam-me os pés neste momento exacto, porque é o único local onde o ar da ventoinha não chega. Para os que não sabem, a forma de afungentar mosquitos cheios de malaria, dengue e porras dessas, sem encher o corpo de produtos quimicos é ter vento á volta. Com o vento da ventoinha os tótós não conseguem voar e entao vão picar para outro lado.
Claro que ás vezes dá-me vontade de ir buscar o Raid e matá-los de morte lenta, depois penso na minha mãe durante alguns segundos: Shanti, são seres vivos, não mates. Passado alguns segundos de desespero acabo por matar alguns. Grande sentimento de mea culpa.

Lado mau da ventoinha: faz subir o cheirinho dos meus sovacos até ao meu nariz, e depois espalha esse cheirinho pela sala. Ora com este calor, e sabendo vocês como eu tomo banho com frequência (por isso nunca me viram com os cabelos oleosos de meter nojo) já podem imaginar o ambiente exótico que se vive neste escritório. É assim, é éxotico viver na Indochina!!!

Miss quero mas é mostrar que sou boa e inteligente ou a desculpa mais esfarrapada para comecar um blog sem acentos

Quero lá saber se os blogs são só para gente que sabe escrever bem que tem montes de amigos que vão de certeza lêr o blog e sei lá mais que outros requisitos. Não sei escrever bem, até porque escrevo de um computador meio achinesado que não tem acentos. Whatever! Tenho um montão de coisas que quero contar e partilhar e tenho vergonha de escrever group emails.
Ao blog vem quem quer, mas os group emails é obrigar os meus amigos a lerem sobre a minha vidinha. Assim pelo menos só cá vem quem quer. Quem não quer não perde nada e não tem a caixa postal invadida de gente narcisista como eu.

Então aqui fica a lista dos porquês deste blog:

Partilhar o que me apetecer e me der na realgana
Partilhar as fotos e descricoes de sitios lindos que visito gracas a esta dita ajuda humanitaria que paga balúrdios para eu andar a abanar o rabinho por terriolas espalhadas pelo mundo.
Mostrar que afinal no Afeganistão assim como noutros sitios a vida é normal, e se um chico esperto vier vos dizer o contrário é porque vos quer impressionar.
Comprovar que eu, assim como tantos outros que dizem estar neste mundo de ajuda humanitarian para ajudar os pobrezinhos, faco isto por prazer, pelas viagens e pelo dinheirinho (mas é tudo com altruismo atencão: blablabla)
Para poder escrever ordinarices quando me apetece sem ter que esperar uma semana para falar com a minha irmã ou a minha mãe ao telefone e poder dizer que a minha chefe é uma granda Puta e outras caralhadas afins. Só escrever Puta já me faz sentir melhor.
Tenho um desejo secreto de me tornar super famosa gracas ao meu blog e talvez isso me dê a oportunidade de conhecer uma estrela de cinema ou série de TV (tipo Jack do LOST!)
Desmistificar a idea que alguns têem em relacao a pessoas como eu que viajam (mais que o habitual). Do estilo: "A vida daquela deve ser uma aventura atras da outra" Nahhhhh